Uma boa alimentação é fundamental para o desenvolvimento infantil e para a maturidade física e psicológica da criança. Estudos mostram que uma alimentação desequilibrada é a origem de doenças como diabetes, hipertensão, anemia, colesterol alto e problemas cardiovasculares.
Nós sabemos que até uma certa idade é possível controlar tudo o que uma criança come, mas a maioria dos pais já passou ou irá passar pela fase em que a criança não come direito ou rejeita alguns alimentos. Quando essa resistência começa a aparecer, é importante que a família encontre uma forma de garantir uma alimentação saudável e nutritiva para o filho.
O primeiro passo, nesse momento, é procurar a ajuda do pediatra. Explique ao profissional quais são os alimentos que a criança mais rejeita, quais as refeições são mais difíceis de serem feitas, o que a criança gosta de comer e a rotina de alimentação da família. O pediatra, junto com outros profissionais, se necessário, poderá ajudar a definir melhor o cardápio e a encontrar alternativas que possam facilitar a alimentação em casa.
Dicas para ajudar na alimentação das crianças
Algumas dicas também podem ajudar na hora de enfrentar a hora da comida.
– Dê o exemplo. Esse é o primeiro, e mais importante, ponto para estimular a alimentação infantil. Não adianta querer que a criança tenha uma alimentação mais saudável se os pais não consomem aquela comida. Se possível, faça as refeições junto com a criança e explique cada alimento, seus benefícios e o que deve ser evitado.
– Faça pratos coloridos. Quanto mais cores tem a refeição, maior a variedade de nutrientes que ela vai oferecer. Além disso, a criança pequena pode ser atraída pelo estímulo visual da mistura de cores.
– Crie uma rotina. É importante estabelecer algumas regras e costumes para o momento da refeição. Por exemplo: respeitar o horário, comer à mesa com a família inteira junto e mastigar devagar. Assim, além de melhorar o convívio familiar, a criança entende que é coisa séria.
– Evite distrações na hora da comida. Evite televisão, computador ou celular durante as refeições. A criança deve se concentrar no prato e no que está comendo. Por isso, o melhor é que as refeições sejam feitas , com um adulto que tenha bastante paciência e criatividade.
– Não ofereça presentes. Muitos pais oferecem presentes ou até mesmo passeios para a criança que “come tudo que está no prato”. O pequeno deve se alimentar bem pelos motivos corretos, não com esse tipo de condicionamento.
– Teste novas receitas. A medida em que for descobrindo o que ele gosta ou não, faça novas receitas e misture ingredientes novos a cada prato. Nem sempre ele perceberá e estará consumindo novos alimentos.
– Envolva a criança na preparação da comida. Leve a criança a feira e deixe que ele te ajude a cozinhar, a preparar os ingredientes e até mesmo a escolher o cardápio do dia. Isso estimulará sua fome e curiosidade de provar aquilo que preparou.
Qualidade da alimentação
É importante lembrar que o importante é a qualidade. Uma refeição pequena, mas rica em alimentos nutritivos pode ser o suficiente para satisfazer as necessidades e o apetite do pequeno.
Além disso, é preciso desconstruir a idéia de que a criança precisa comer, não importa o quê. Esse pensamento acaba fazendo com que os pais ofereçam alternativas, geralmente industrializadas.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como pediatra em Nova Lima!