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DOENÇAS CARDIOVASCULARES

DOENÇAS CARDIOVASCULARES

Atenção ao coração dos bebês

O termo cardiopatia está relacionado às doenças do coração. Nos recém- nascidos elas podem ser identificadas a partir de suspeita clínica, durante a gestação ou nas primeiras consultas com o pediatra.

Dentre os principais achados estão: sopro cardíaco, cianose (coloração azul-arroxeada da pele, principalmente na ponta dos dedos e lábios) e arritmia cardíaca. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, as doenças graves no coração do recém-nascido são as que podem ameaçar a vida do bebê, se não abordadas precocemente. A maioria pode ser identificada pela ecocardiografia fetal e, quando o diagnóstico não pode ser feito por meio desse exame, o Teste do Coraçãozinho irá revelar se há algum problema.

Por que as doenças do coração preocupam?

Dados divulgados pelo Ministério da Saúde demonstram que essas anormalidades congênitas representam uma importante causa de mortalidade no primeiro ano de vida, correspondendo de 2 a 3% entre as mortes neonatais. De acordo com o estudo, no Brasil, as doenças cardíacas possuem uma prevalência de 6/1000 crianças nascidas vivas e nos últimos 15 anos esses dados vêm aumentando para 9/1000 crianças. “Cerca de 70% dos pacientes com cardiopatias graves não chegarão aos 18 anos de idade. Essas doenças que afetam o sistema cardiovascular estão entre as principais causas de óbitos no mundo chegando a 30%”, publicou o MS.

Sopro

Inicialmente sobre os achados, é preciso ressaltar que um bebê que tenha sopro, não significa que ele sofra de uma doença cardíaca, por isso o acompanhamento com o pediatra se faz necessário.

Seguindo a literatura científica, o sopro funcional é um achado extremamente comum em crianças normais e seu diagnóstico é clínico, podendo desaparecer com o tempo.  Existem muitas crianças que nas primeiras horas de vida são diagnosticadas com sopro e podem ter uma vida normal.

 

Arritmia

No caso da arritmia cardíaca, que é uma alteração no ritmo do batimento do coração, é importante avaliar se há um defeito estrutural congênito  associado. O diagnóstico pelo cardiologista e exames específicos são importantes. Vale lembrar de que alguns exames podem ser realizados ainda durante a gestação.

As formas mais comuns de arritmia encontradas no neonato são as consideradas benignas e que podem ocorrer  em  até  20%  dos  prematuros, nos primeiros dias de vida, sem necessitar terapêutica.

 

Qual tratamento?

 

Em muitos casos, no entanto, pode ser necessário o uso de medicamentos ou cirurgia, sem prejuízo às atividades rotineiras futuras.

 

 

O que observar?

Mantenha a consulta regular ao pediatra e observe se o bebê apresenta:

  • cianose, ponta dos dedos e lábios roxos;
  • cansaço ao mamar no peito;
  • suar muito;
  • ausência de apetite;
  • respiração rápida e curta;
  • dificuldade de ganho de peso;
  • agitação.

 

Com os avanços da medicina, as expectativas em relação às cardiopatias em crianças são cada vez mais positivas. O principal é o controle médico e a atenção dos pais diante dos sinais apresentados para um diagnóstico imediato e precoce.

 

Referências:

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/periodicos/mundo_saude_artigos/cardiopatias_congenitas_criancas.pdf.

https://www.revistas.usp.br/rmrp/article/view/823/835

Sociedade Brasileira de Pediatria

Posted by Dra. Tulia Fadel in Todos
Dicas e novidades sobre o último Congresso Brasileiro de Nutrologia Infantil

Dicas e novidades sobre o último Congresso Brasileiro de Nutrologia Infantil

Introdução da alimentação complementar:

A alimentação do bebê deve ser: Leite seja materno ou fórmula exclusivamente até o sexto mês, e apenas nesta fase entrar na alimentação complementar, com muita cautela de acordo com seu pediatra.

A amamentação pode facilitar o consumo de vegetais e frutas e a aceitação de uma maior variedade de alimentos saudável em idades futuras. Quanto maior a variedade de alimentos consumidos pela a grávida maior a chance das crianças depois aceitarem uma gama maior de alimentos.

Recomendações: Textura e quantidade

Idade, textura dos alimentos e quantidade:

  • A partir de 6 – amassados – Iniciar com 2 a 3 colheres de sopa e aumentar a quantidade conforme a aceitação
  • A partir dos 7 meses – amassados – 2/3 de uma xícara ou tigela de 250ml
  • 9 a 11 meses – cortados ou levemente amassados – ¾ de uma xícara ou tigela de 250ml
  • 12 a 24 meses – alimentos cortados – 1 xicara ou tigela de 250ml

Metódo Baby- Led Weaning (BLW):

Este método não inclui alimentação com colher, a criança deve pegar todos os alimentos com a própria mão. Dentre vários outros detalhes.

Resumindo, diante de tantos trabalhos científicos do mundo todo, a posição oficial da Sociedade Brasileira de Pediatria é: Mesclar os métodos, deixar as crianças realmente ter o contato com os alimentos, mas não deixar de usar a colher. Ou seja, um pouco de cada. Pois apenas com o BLW a criança pode não ingerir a quantidade suficiente de alimentos para o seu crescimento adequado. Ainda complementando, não podemos esquecer do risco de asfixia com o método BLW.

Alimentação do primeiro ano:

Até o 6º mês – Leite materno exclusivo

6 aos 24 meses – Leite materno complementado

No 6º mês – Frutas (amassadas, raspadas)

No 6º mês – Primeira papa oficial

Do 7º ao 8º mês – Segunda papa principal

Do 9º ao 11º mês – Gradativamente, passar para alimentação na consistência da família. Observar inadequações alimentares

Ao 12º mês– Alimentação da família

 

Composição das papas:

  • Cereal ou tubérculo:

Arroz, milho, macarrão, batata, mandioca, inhame, cará.

  • Leguminosas:

Feijão, soja, ervilha, grão de bico, lentilhas, fava

  • Proteína animal:

Carne de boi, carne suína, carne de frango, carne de peixe, vísceras, ovos

  • Hortaliças:

Legumes: cenoura, abobora

Verduras: Alface, couve, Almeirão

Cuidado com os alimentos:

Mergulhar os alimentos em solução de hipoclorito para eliminar bactérias (2 gts 1L de agua) por 15 minutos, depois em solução de bicabornato de sódio ( 1 colher de sopa para 1L) por 15 minutos para diminuir os agrotóxicos.

 

Dieta materna:

No último trimestre de gestação o feto é capaz de detectar aromas do liquido aminiótico (LA). Vários sabores são passados através do LA e leite materno, como por exemplo: Vegetais, frutas e especiarias) inalantes (cigarro e perfumes).

Exposição repetida:

Necessário oferecer o alimento de 6 a 15 vezes em média para melhor aceitação do sabor novo.

Se a aceitação não for boa, aí que deveremos insistir mesmo.

Estilos de práticas alimentares dos pais:

  • Controlador: Tenta controlar a alimentação da criança, restringe alimentos da criança, pressiona a criança para comer, suborna a criança a comer com recompensas, ignora os sinais de fome da criança.
  • Responsivo: Orienta a alimentação da criança, estabelece limites com os 3, comem como modelo e conversam sobre comida de uma forma positiva, respondem aos sinais de fome da criança.
  • Indulgente: Não estabelece limites, alimenta a criança com o quê, onde e quando ela quer, prepara comidas especiais para a criança, ignora os sinais de fome de criança.
  • Negligente: Desiste das responsabilidades alimentares, não estabelece limites, não percebe os sinais de fome ou necessidades físicas e psicológicas da criança.

 

Concluindo, o melhor padrão de comportamento do cuidador seria o Responsivo.

Suplementação vitamínica:

É de extrema importância que a grávida tenha uma ingesta alta de ômega 3. Através da alimentação e/ou vitaminas. (conversar com obstetra ou pediatra).

A vitamina D e o ferro são de uso obrigatório até no mínimo 2 anos de idade devendo ser discutido caso a caso com o pediatra da criança.  Complexos vitamínicos só deverão ser usados se realmente for comprovada a carência de algum nutriente por exames.

 

Lanches na escola:

Um liquido: para repor as perdas com a atividades física. De preferência, água.

Uma fruta: prática para ser consumida com casca ou cuja casca pode ser retirada facilmente (maçã, pera, morango, banana, uva).

Um tipo de carboidrato: para fornecer energia. Pão (integral), bolachas sem recheio, bolos caseiros. Cuidado com a quantidade, pois é apenas parte do lanche.

Um tipo de proteína: preferencialmente lácteos (queijo, iogurtes, leite). Cuidado com o armazenamento e a forma de transporte.

O que não deve entrar na lancheira:

Salgadinhos de pacote, refrigerantes, sucos artificiais, balas, bolos com recheios, frituras, bolachas recheadas.

Lembrete: O Danoninho não deve ser dado nos primeiros anos de vida.

Dicas variadas:

O melhor óleo, após inúmeros estudos, para o preparo da papa salgada do bebê a partir do 6º mês, é o óleo de canola devido aos seus nutrientes.

Uma boa idéia seria variar com o azeite extra-virgem, o qual foi comprovado que após aquecido não perde seus benefícios.

Não devemos usar sal no primeiro ano de vida.

Não devemos usar açúcar até o segundo ano de vida. Portanto ficou abolido o uso de suco de frutas no primeiro ano de vida, devido ao alto teor de açúcar, assim como a água de coco também.

Demais dicas, discuta sempre com seu pediatra de confiança, e não acredite em dietas difundidas pela internet sem comprovações científicas.

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Prevenção de acidentes na infância

Prevenção de acidentes na infância

Durante o XV Congresso Mineiro de Pediatria, que aconteceu em junho, em Belo Horizonte, foram debatidos tópicos importantes sobre os principais acidentes que ocorrem na infância. Informações importantes que precisam ser transmitidas aos pais e cuidadores, sendo as causas que mais dominam a atenção dos especialistas:TRÂNSITO, QUEDA, AFOGAMENTO, SUFOCAÇÃO, QUEIMADURA e INTOXICAÇÃO, dentre outros.

TRÂNSITO:
A criança como passageiro merece grande atenção. Pela física: “tudo o que estiver solto dentro de um veículo, a uma velocidade de 60km/h, em caso de colisão, pode ser afetado com um peso 50 vezes maior que o real.”
Exemplo prático: Uma criança de 20kg pode se transformar em um urso de 1000kg.
Sendo assim, o uso de cinto de segurança ou assento infantilapropriado é obrigatório, para todos os ocupantes do veículo – legislação séria. (CNT resolução 277 de 25/05/2008).

A ordem natural: bebê conforto, cadeirinha, assento de elevação, cinto de segurança.
Pontos que valem a pena lembrar:
– Jamais carregar criança no colo dentro do carro.
– Não utilizar assento infantil envolvido em colisão.
– Cuidado com vidros elétricos, trava das portas, chave na ignição.
– Nunca deixar a criança sozinha no carro.

QUEDAS:
Responsável pelo maior número de casos entre os acidentes na infância, com crianças de 0 a 14 anos. A queda é o grande vilão e a maior causa de internações por injúrias não intencionais, em todas as faixas etárias de 0 a 14 anos, segundo dados do Datasus (2016).
Dicas:
– Redesenhar móveis e outros produtos.
– Observar padrões dos playgrounds.
– Colocar grades nas janelas.
– Não deixar crianças pequenas em camas de adultos.
Fonte: (WHO)*
– Andador é perigoso e desnecessário, já não é comercializado em vários países.

AFOGAMENTOS:
– Remover (ou cobrir) reservatórios de água.
– Colocar cercas de isolamentos ao redor de piscinas.
– Usar dispositivos individuais para flutuação (Boias infantis: mas nada substitui a supervisão).
– Assegurar medidas de ressuscitação imediata.

AULAS DE NATAÇÃO:
– Crianças devem aprender a nadar a partir dos 4 anos.
– Há evidências de que crianças de 1 a 3 anos de idade, que já tiveram aulas de natação, se afoguem menos.
– Mesmo a criança que já aprendeu a nadar, precisa de supervisão.
– Aulas de natação não tornam a criança de qualquer idade, ‘à prova de afogamento’.
* (fonte: Word Heath Organization 2014.P26)

SUFOCAÇÃO:
ASFIXIA, INGESTÃO E ASPIRAÇÃO
Dicas:
– O bebê deve dormir de barriga para cima, em berço certificado, com colchão firme, sem travesseiro, protetor ou cobertas soltas. Em último caso,as cobertas apenas deverão ser utilizadas da cintura para baixo.
– Deixar objetos pequenos fora do alcance. Usar brinquedos apropriados, evite fios, cordões e sacos plásticos.
– No nosso meio, a maior proporção das aspirações é de grãos de milho, feijão e amendoim.

QUEIMADURAS:
A maior vilã neste caso é a água quente, seja em banhos, cozinha, bolsa de água quente para recém-nascidos com cólicas, etc.
Na época das festas juninas as deliciosas fogueiras são perigosas. Tem que ter supervisão intensa.
O tratamento de queimaduras deve ser feito em centros especializados imediatamente.

INTOXICAÇÃO:
Nunca deixar ao alcance de crianças produtos de limpeza e medicamentos. Ler sempre as embalagens.
Em Belo Horizonte, temos o setor de TOXICOLOGIA do Hospital João XXIII. O serviço é fantástico e transmite as informações de imediato, de acordo com a substância ingerida.
Tel: (31) 3239-9308

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Amamentação: benefícios para a vida

Amamentação: benefícios para a vida

O ato de amamentar ajuda a criança na formação de anticorpos, essenciais nessa fase da vida para que ela possa crescer saudável. No entanto, os pontos positivos vão muito além e se estendem à questão psicológica e social.

Conforme visto no ESPGHAN (European Society for Pediatric Gastroenterology, Hepatology and Nutrition) em Genebra em 2018, vários temas abordados pelos mais renomados médicos do mundo.

Qual foi a conclusão mais uma vez?

o LEITE MATERNO é a bola da vez como nunca! Sua atuação é global no bebê e perdura até a fase adulta. Assistimos excelentes palestras até com psiquiatras sobre a atuação do leite na inteligência, concentração e todo o lado cognitivo, além de todos os outros benefícios.

Quanto maior o tempo que os pequenos se alimentarem do leite materno, menor o risco de desenvolverem alergias alimentares, asma, rinite ou eczema de pele. E tem mais: a amamentação é responsável pela boa formação do sistema nervoso, da musculatura facial e também estimula a inteligência, afinal, é no leite da mamãe que se encontram as proteínas, açúcar, gordura e água necessários aos bebês.

Para as mamães:

As mães também têm vantagens enquanto amamentam os filhos. Em um único dia de amamentação gastam-se entre 500 e 700 calorias, ou seja, amamentar ajuda a emagrecer e levantar a autoestima. Ajuda, ainda, o útero a regressar ao seu tamanho normal mais rapidamente, e a perda de sangue após o parto acaba mais cedo. Outro ponto positivo é o fato de proteger contra os tumores de mama e do ovário, osteoporose e anemia.

Na questão psicológica, as mamães tendem a se sentirem mais seguras e menos ansiosas.

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Refluxo Gastroesofágico: entenda o que é e como lidar

Refluxo Gastroesofágico: entenda o que é e como lidar

Lidar com os vômitos do bebê é basicamente parte da rotina para a maioria dos papais e mamães. Diante disso, é natural que os pais se perguntem se os vômitos são naturais ou podem estar relacionado com alguma doença.

Para começar, é preciso entender o conceito de “refluxo gastroesofágico”, que é o retorno do conteúdo do estômago (no caso dos bebês, do leite) para o esôfago e, por vezes, podendo chegar até a boca, causando a conhecida regurgitação.

Isso é um evento normal, que pode ocorrer várias vezes ao dia em recém-nascidos, crianças e até mesmo adultos. É aquele clássico momento em que o bebê tem leite escorrendo no canto da boca, mas está sorridente; parece que nem foi com ele!

Em geral, os eventos duram menos de três minutos, ocorrem no período após as mamadas ou refeições e não são acompanhados de complicações. Algumas vezes, a regurgitação pode sair com mais força, devido à estimulação de uma estrutura que fica na parte posterior da boca, que nos dá sensação de náusea, causando, então, o vômito – o que não é nada preocupante.

Nesses casos, não é necessário nenhum tipo de tratamento medicamentoso, porém as chamadas “medidas não farmacológicas” ajudam a diminuir a ocorrência dos episódios de regurgitação:

1-      colocar o bebê para arrotar e segurá-lo no colo “em pé” após as mamadas por 30-60 minutos;

2-      tomar o cuidado de não “sacudir”o bebê para que ele arrote;

3-      evitar o uso de calças na altura do umbigo e acima dele, pois, apesar de não parecer apertado, o elástico das roupas pode ser o suficiente para pressionar o estômago e facilitar, também, a volta do leite. 

Para os bebês menores de seis meses e amamentados exclusivamente com fórmula, o uso de Fórmula Infantil Anti Regurgitação ajudam a diminuir os episódios de refluxo de forma visível.

Se o bebê é amamentado exclusivamente ao seio, o aleitamento deve ser mantido, não sendo indicada asubstituição do leite materno por fórmula.

Quando as regurgitações estão causando algum desconforto, como choro excessivo, ou prejuízo, como perda de peso, podemos estar diante da “doença do refluxo gastroesofágico”.

Frente a isso, a consulta com o pediatra é fundamental para fazer o correto diagnóstico, que muitas vezes não é fácil.

Nos bebês, não existem sintomas que sejam específicos da doença do refluxo, tão pouco sintomas que garantam ao médico que o bebê responderá ao tratamento.

Ainda, vale lembrar que diversas situações podem causar os mesmos sintomas da doença do refluxo, como alergia à proteína do leite de vaca, infecções, má formações do aparelho gástrico, exposição ao cigarro e outras.

 Durante a investigação, pode ser que o pediatra julgue necessário solicitar algum tipo de exame específico.

O tratamento, no caso de doença, vai utilizar, além das medidas não farmacológicas vistas antes, medicamentos. Nos menores de seis meses, a medicação mais comumente utilizada é a ranitidina.

 À medida que o bebê cresce, o esfíncter, que funciona como um “anel” que fecha o estômago, começa a funcionar melhor, dificultando o retorno do leite.

Com o desenvolvimento, o bebê aprende a ficar mais tempo sentado e em pé, posições estas que ajudam o leite e os alimentos a ficarem no estômago. Por isso, os pais devem ficar tranquilos, pois o refluxo gastroesofágico, apesar de, por vezes, desconfortável, tende a ter seus dias contados.

  

Fonte: Gastroesophageal Reflux: Management Guidance for the Pediatrician. 2013.

 

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5 cuidados com a saúde do recém-nascido

5 cuidados com a saúde do recém-nascido

O nascimento de um bebê é um dos momentos mais esperados pelos pais. Durante nove meses eles aguardam ansiosos para ver o rostinho da criança, sentir o cheiro e poder ficar mais próximos. Porém, junto com a alegria vem também o medo e as dúvidas. Como cuidar de um recém-nascido? Como dar banho? Como saber se está com fome ou cólica? As dúvidas são muitas, por isso, a ajuda de um pediatra é fundamental nesse momento.

1 – Amamentação

Os primeiros dias e até mesmo semanas de amamentação são mais complicados, mas também são de aprendizado, tanto para a mãe como para o bebê. Ainda na maternidade, peça ajuda à equipe de enfermagem ou fonoaudiólogos para ajustar melhor a “pega” do recém-nascido e a encontrar a melhor posição.

Coloque-o no peito o quanto antes, o contato com a pele e o cheiro da mãe ajuda a estimular o bebê. Nos primeiros dias, o peito produz o chamado colostro, um líquido meio transparente e fundamental para o bebê. Aos poucos, com os estímulos do bebê o peito começa a produzir o leite.

O uso de chupeta, mamadeira ou bico intermediário de silicone não é recomendado, principalmente nesta fase inicial, porque atrapalha o aprendizado do bebê e a pega, além de fazer com que o peito seja menos estimulado — o que, por sua vez, reduz a produção de leite.

2 – Hora do banho

Ainda na maternidade a enfermeira dará o primeiro banho e mostrará com ele deve ser feito em casa. Aproveite para tirar as principais dúvidas. É importante que a água esteja na média dos 36 graus, quentinha, mas confortável. Deixe tudo que precisará por perto, como sabonete, toalha, algodão, fralda e roupa. Evite ficar circulando com o bebê de toalha pela casa.

 

3 – Coto umbilical

Normalmente o coto umbilical cai até o 15º dia de vida do recém-nascido. Enquanto isso, é preciso deixa-lo sempre seco e limpo para evitar infeções e beneficiar a rápida cicatrização. Limpe sempre com álcool 70.  Não use faixas, ligaduras ou moedas. A pinça do cordão umbilical é utilizada para estancar o sangue. Cairá juntamente com o cordão. Não tente abri-la nem retirá-la.

4 – Passeios

Com exceção das consultas médicas, o bebê não deve ir para a rua nos primeiros dias. Os primeiros passeios devem, de preferência, ser saídas ao ar livre ou para a casa de parentes, onde não haja grandes aglomerações de pessoas.

Além do excesso do contato com excesso de pessoas oferecer risco direto à saúde do bebê, ambientes movimentados, com barulhos e cheiros fortes podem estressar o pequeno.

5 – Primeira visita ao pediatra

A primeira visita ao pediatra, acontece de preferência na primeira semana de vida, para avaliar a amamentação e a saúde do bebê.  O pediatra realizará um exame completo para avaliar o aspecto geral do bebê, coloração, vitalidade, tônus muscular, intensidade do choro e presença de malformações. Além disso, são avaliados pulmões, coração (através da ausculta), abdome, umbigo, órgãos genitais, pele como um todo, boca, língua, ouvidos e olhos.

No que diz respeito à parte neurológica, o pediatra avalia vários reflexos do recém-nascido, como por exemplo, o reflexo de sucção e a preensão dos dedos (quando o bebê curva os dedinhos da mão ou do pé ao serem tocados).

Nesse encontro o médico estabelece o ritmo das próximas visitas, que geralmente ocorrem no 15º dia, no primeiro mês e, depois, mensalmente.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como pediatra em Nova Lima!

 

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Como tratar a diarreia em criança durante o verão

Como tratar a diarreia em criança durante o verão

Chegamos no verão, a estação mais quente do ano e também a que apresenta o maior índice de incidência de diarreia nas crianças. Apesar de parecer uma doença simples, segundo dados da UNICEF, a diarreia mata cerca de 1,5 milhão de crianças a cada ano. Nos países em desenvolvimento, apenas 39% das crianças ,recebem o tratamento recomendado.

Existem duas principais causas para que isso aconteça: viroses ou bactérias. O que muda é a forma como elas são transmitidas. A virose, geralmente, é transmitida por contaminação, ou seja, se uma criança infectada divide o brinquedo com outra criança, a segunda fica suscetível à doença.

No caso das bactérias, que podem causar intoxicação alimentar, a transmissão acontece pela ingestão de água contaminada ou comida estragada, o que é muito comum de acontecer no verão.

Em geral, a diarréia é benigna e pode estar associada a vários fatores que desencadeiam uma crise como, por exemplo, alimentos e água contaminados, falta de higiene nas mãos, brinquedos e utensílios compartilhados ou no contato entre as pessoas

 Sintomas e tratamentos da diarreia

Os sintomas podem variar de acordo com a criança, mas normalmente elas apresentam aumento na frequência das evacuações, o aspecto das fezes muda para líquido ou semi líquido, dores abdominais intensas que fazem a criança chorar o tempo todo e febre alta.

Alguns pequenos apresentam crises de vômito nos primeiros dias ou, no mínimo, uma sensação de enjoo. Numa disenteria, que é o nome usado quando a infecção é bacteriana, pode haver inclusive eliminação de sangue e de catarro ao evacuar.

Antes de iniciar qualquer tratamento caseiro, é importante consultar um pediatra que irá indicar exames, remédios e cuidados na rotina da criança. O importante é repor a água e sais mineiros por meio da ingestão de soro e manter uma dieta leve e equilibrada, rica em água. Alguns pediatras também fazem a reposição do zinco, responsável por diminuir a duração e gravidade da diarréia (o zinco ajuda na regeneração da mucosa lesada do intestino).

Cuidados diários

A principal forma de evitar a diarreia é mantendo bons hábitos de higiene. Por isso, é preciso lavar bem as mãos antes de manipular alimentos, lavar os alimentos antes de ingeri-los, tomar apenas água tratada, esterilizar os principais itens e utensílios do bebê e da criança, manter uma boa hidratação da criança.

Na hora de viajar ou passear, só consuma alimentos ou bebidas de lugares confiáveis, se for viajar para a praia ou locais com piscina, oriente a criança a fechar a boca na hora de nadar, para evitar possíveis contaminações. Se há um surto na cidade em que você está, prefira ainda água mineral ou fervida, em vez de arriscar a do filtro. Nos dias mais quentes atente-se a hidratação e reposição de líquidos perdidos no suor.

Além disso, mantenha a vacinação em dia. Para prevenir a diarréia, estar vacinado contra rotavírus  é muito importante.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como pediatra em Nova Lima!

 

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O que fazer quando as crianças não comem direito

O que fazer quando as crianças não comem direito

Uma boa alimentação é fundamental para o desenvolvimento infantil e para a maturidade física e psicológica da criança. Estudos mostram que uma alimentação desequilibrada é a origem de doenças como diabetes, hipertensão, anemia, colesterol alto e problemas cardiovasculares.

Nós sabemos que até uma certa idade é possível controlar tudo o que uma criança come, mas a maioria dos pais já passou ou irá passar pela fase em que a criança não come direito ou rejeita alguns alimentos. Quando essa resistência começa a aparecer, é importante que a família encontre uma forma de garantir uma alimentação saudável e nutritiva para o filho.

O primeiro passo, nesse momento, é procurar a ajuda do pediatra. Explique ao profissional quais são os alimentos que a criança mais rejeita, quais as refeições são mais difíceis de serem feitas, o que a criança gosta de comer e a rotina de alimentação da família. O pediatra, junto com outros profissionais, se necessário, poderá ajudar a definir melhor o cardápio e a encontrar alternativas que possam facilitar a alimentação em casa.

Dicas para ajudar na alimentação das crianças

Algumas dicas também podem ajudar na hora de enfrentar a hora da comida.

Dê o exemplo. Esse é o primeiro, e mais importante, ponto para estimular a alimentação infantil. Não adianta querer que a criança tenha uma alimentação mais saudável se os pais não consomem aquela comida. Se possível, faça as refeições junto com a criança e explique cada alimento, seus benefícios e o que deve ser evitado.

Faça pratos coloridos. Quanto mais cores tem a refeição, maior a variedade de nutrientes que ela vai oferecer. Além disso, a criança pequena pode ser atraída pelo estímulo visual da mistura de cores.

Crie uma rotina. É importante estabelecer algumas regras e costumes para o momento da refeição. Por exemplo: respeitar o horário, comer à mesa com a família inteira junto e mastigar devagar. Assim, além de melhorar o convívio familiar, a criança entende que é coisa séria.

– Evite distrações na hora da comida. Evite televisão, computador ou celular durante as refeições. A criança deve se concentrar no prato e no que está comendo. Por isso, o melhor é que as refeições sejam feitas , com um adulto que tenha bastante paciência e criatividade.

Não ofereça presentes. Muitos pais oferecem presentes ou até mesmo passeios para a criança que “come tudo que está no prato”. O pequeno deve se alimentar bem pelos motivos corretos, não com esse tipo de condicionamento.

Teste novas receitas. A medida em que for descobrindo o que ele gosta ou não, faça novas receitas e misture ingredientes novos a cada prato. Nem sempre ele perceberá e estará consumindo novos alimentos.

Envolva a criança na preparação da comida. Leve a criança a feira e deixe que ele te ajude a cozinhar, a preparar os ingredientes e até mesmo a escolher o cardápio do dia. Isso estimulará sua fome e curiosidade de provar aquilo que preparou.

 

Qualidade da alimentação

É importante lembrar que o importante é a qualidade. Uma refeição pequena, mas rica em alimentos nutritivos pode ser o suficiente para satisfazer as necessidades e o apetite do pequeno.

Além disso, é preciso desconstruir a idéia de que a criança precisa comer, não importa o quê. Esse pensamento acaba fazendo com que os pais ofereçam alternativas, geralmente industrializadas.  

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como pediatra em Nova Lima!

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Vídeo Games na Infância

Vídeo Games na Infância

Games podem trazer benefícios para acuidade visual dos jovens

Em demonstração realizada no encontro anual da AAAS – Associação Americana para Avanço da Ciência – em Chicago, pesquisadores apresentaram estudos que apontaram os benefícios dos vídeo games para as crianças. A neurocientista Daphne Bavelier, das universidades de Rochester (EUA) e Genebra (Suíça) desenvolve há 10 anos pesquisas que comprovam a melhora da acuidade visual entre os jovens que jogam games.

Resultados de acordo com os diferentes tipos de jogos.

Os jogos violentos apresentaram resultados mais positivos na melhora da acuidade visual. Um dos experimentos de Bavelier comparou dois grupos de jovens que jogavam 50 horas ao longo de nove semanas. O primeiro foi submetido a jogos de ação “violentos” e o outro a um game mais calmo como “Os Sims”. Os dois grupos demonstraram melhora na percepção de contraste, mas o grupo que se dedicou a jogos de ação teve ganho de 43% contra apenas 11% da turma dos Sims.

Em 2012, a neurocientista obteve uma patente para um sistema que utiliza games para o tratamento de ambliopia, uma disfunção caracterizada pela redução ou a perda da visão em um dos olhos, mais conhecida como olho preguiçoso. Seu sistema desafia os circuitos do olho preguiçoso diminuindo o contraste da imagem que ele enxerga, idêntica à que o olho bom recebe, porém, com contraste normal. A neurocientista também patenteou outras ideias de games, como um que tem desafios matemáticos, para estimular o aprendizado e o interesse dos jovens pela matemática.

Prevenções

A meu ver é importante que sejam desenvolvidas outras pesquisas abordando o mesmo assunto. Embora essa pesquisadora já esteja estudando isso há bastante tempo, não existe nenhuma outra pesquisa publicada abordando o tema ainda. O estudo é importante para despertar o interesse de outros estudiosos, para atrair investimentos para novas pesquisas.

Também é necessário medir os malefícios causados pelos games. A maioria dos oftalmologistas pediatras acreditam que a criança que fica muito tempo em frente ao computador pode, por exemplo, desenvolver miopia precoce. Por isso, é importante que a criança realize os exames oftalmológicos de rotina, que são indicados pelo pediatra, de acordo com a faixa etária. Além disso, temos que considerar a síndrome de visão do computador em crianças, que causa problemas posturais e ortopédicos.

Crianças que abusam dos games, acabam apresentando problemas de comportamento. As crianças que já têm uma pré-disposição acabam desenvolvendo quadros de ansiedade, depressão e fobia social. Algumas crianças acabam tendo o rendimento escolar comprometido por causa da sonolência por dormirem muito tarde, o que afeta a concentração.

Sem dúvida, os games são interativos e podem ajudar as crianças a desenvolverem seus conhecimentos em história e geografia, além de despertar o interesse por outros idiomas e na prática de esportes.
O ideal é que a criança tenha uma rotina que favoreça algumas atividades diárias como estudar, praticar esportes, brincadeiras com os amigos e games. Dessa maneira, a criança fica menos ansiosa porque já sabe qual é a sua rotina. Pesquisas também mostram que os games ativam a criatividade da criança.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como Pediatra em Belo Horizonte

Posted by Dra. Tulia Fadel in Todos