DOENÇAS CARDIOVASCULARES

DOENÇAS CARDIOVASCULARES

Atenção ao coração dos bebês

O termo cardiopatia está relacionado às doenças do coração. Nos recém- nascidos elas podem ser identificadas a partir de suspeita clínica, durante a gestação ou nas primeiras consultas com o pediatra.

Dentre os principais achados estão: sopro cardíaco, cianose (coloração azul-arroxeada da pele, principalmente na ponta dos dedos e lábios) e arritmia cardíaca. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, as doenças graves no coração do recém-nascido são as que podem ameaçar a vida do bebê, se não abordadas precocemente. A maioria pode ser identificada pela ecocardiografia fetal e, quando o diagnóstico não pode ser feito por meio desse exame, o Teste do Coraçãozinho irá revelar se há algum problema.

Por que as doenças do coração preocupam?

Dados divulgados pelo Ministério da Saúde demonstram que essas anormalidades congênitas representam uma importante causa de mortalidade no primeiro ano de vida, correspondendo de 2 a 3% entre as mortes neonatais. De acordo com o estudo, no Brasil, as doenças cardíacas possuem uma prevalência de 6/1000 crianças nascidas vivas e nos últimos 15 anos esses dados vêm aumentando para 9/1000 crianças. “Cerca de 70% dos pacientes com cardiopatias graves não chegarão aos 18 anos de idade. Essas doenças que afetam o sistema cardiovascular estão entre as principais causas de óbitos no mundo chegando a 30%”, publicou o MS.

Sopro

Inicialmente sobre os achados, é preciso ressaltar que um bebê que tenha sopro, não significa que ele sofra de uma doença cardíaca, por isso o acompanhamento com o pediatra se faz necessário.

Seguindo a literatura científica, o sopro funcional é um achado extremamente comum em crianças normais e seu diagnóstico é clínico, podendo desaparecer com o tempo.  Existem muitas crianças que nas primeiras horas de vida são diagnosticadas com sopro e podem ter uma vida normal.

 

Arritmia

No caso da arritmia cardíaca, que é uma alteração no ritmo do batimento do coração, é importante avaliar se há um defeito estrutural congênito  associado. O diagnóstico pelo cardiologista e exames específicos são importantes. Vale lembrar de que alguns exames podem ser realizados ainda durante a gestação.

As formas mais comuns de arritmia encontradas no neonato são as consideradas benignas e que podem ocorrer  em  até  20%  dos  prematuros, nos primeiros dias de vida, sem necessitar terapêutica.

 

Qual tratamento?

 

Em muitos casos, no entanto, pode ser necessário o uso de medicamentos ou cirurgia, sem prejuízo às atividades rotineiras futuras.

 

 

O que observar?

Mantenha a consulta regular ao pediatra e observe se o bebê apresenta:

  • cianose, ponta dos dedos e lábios roxos;
  • cansaço ao mamar no peito;
  • suar muito;
  • ausência de apetite;
  • respiração rápida e curta;
  • dificuldade de ganho de peso;
  • agitação.

 

Com os avanços da medicina, as expectativas em relação às cardiopatias em crianças são cada vez mais positivas. O principal é o controle médico e a atenção dos pais diante dos sinais apresentados para um diagnóstico imediato e precoce.

 

Referências:

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/periodicos/mundo_saude_artigos/cardiopatias_congenitas_criancas.pdf.

https://www.revistas.usp.br/rmrp/article/view/823/835

Sociedade Brasileira de Pediatria

Posted by Dra. Tulia Fadel