Introdução da alimentação complementar:
A alimentação do bebê deve ser: Leite seja materno ou fórmula exclusivamente até o sexto mês, e apenas nesta fase entrar na alimentação complementar, com muita cautela de acordo com seu pediatra.
A amamentação pode facilitar o consumo de vegetais e frutas e a aceitação de uma maior variedade de alimentos saudável em idades futuras. Quanto maior a variedade de alimentos consumidos pela a grávida maior a chance das crianças depois aceitarem uma gama maior de alimentos.
Recomendações: Textura e quantidade
Idade, textura dos alimentos e quantidade:
- A partir de 6 – amassados – Iniciar com 2 a 3 colheres de sopa e aumentar a quantidade conforme a aceitação
- A partir dos 7 meses – amassados – 2/3 de uma xícara ou tigela de 250ml
- 9 a 11 meses – cortados ou levemente amassados – ¾ de uma xícara ou tigela de 250ml
- 12 a 24 meses – alimentos cortados – 1 xicara ou tigela de 250ml
Metódo Baby- Led Weaning (BLW):
Este método não inclui alimentação com colher, a criança deve pegar todos os alimentos com a própria mão. Dentre vários outros detalhes.
Resumindo, diante de tantos trabalhos científicos do mundo todo, a posição oficial da Sociedade Brasileira de Pediatria é: Mesclar os métodos, deixar as crianças realmente ter o contato com os alimentos, mas não deixar de usar a colher. Ou seja, um pouco de cada. Pois apenas com o BLW a criança pode não ingerir a quantidade suficiente de alimentos para o seu crescimento adequado. Ainda complementando, não podemos esquecer do risco de asfixia com o método BLW.
Alimentação do primeiro ano:
Até o 6º mês – Leite materno exclusivo
6 aos 24 meses – Leite materno complementado
No 6º mês – Frutas (amassadas, raspadas)
No 6º mês – Primeira papa oficial
Do 7º ao 8º mês – Segunda papa principal
Do 9º ao 11º mês – Gradativamente, passar para alimentação na consistência da família. Observar inadequações alimentares
Ao 12º mês– Alimentação da família
Composição das papas:
- Cereal ou tubérculo:
Arroz, milho, macarrão, batata, mandioca, inhame, cará.
- Leguminosas:
Feijão, soja, ervilha, grão de bico, lentilhas, fava
- Proteína animal:
Carne de boi, carne suína, carne de frango, carne de peixe, vísceras, ovos
- Hortaliças:
Legumes: cenoura, abobora
Verduras: Alface, couve, Almeirão
Cuidado com os alimentos:
Mergulhar os alimentos em solução de hipoclorito para eliminar bactérias (2 gts 1L de agua) por 15 minutos, depois em solução de bicabornato de sódio ( 1 colher de sopa para 1L) por 15 minutos para diminuir os agrotóxicos.
Dieta materna:
No último trimestre de gestação o feto é capaz de detectar aromas do liquido aminiótico (LA). Vários sabores são passados através do LA e leite materno, como por exemplo: Vegetais, frutas e especiarias) inalantes (cigarro e perfumes).
Exposição repetida:
Necessário oferecer o alimento de 6 a 15 vezes em média para melhor aceitação do sabor novo.
Se a aceitação não for boa, aí que deveremos insistir mesmo.
Estilos de práticas alimentares dos pais:
- Controlador: Tenta controlar a alimentação da criança, restringe alimentos da criança, pressiona a criança para comer, suborna a criança a comer com recompensas, ignora os sinais de fome da criança.
- Responsivo: Orienta a alimentação da criança, estabelece limites com os 3, comem como modelo e conversam sobre comida de uma forma positiva, respondem aos sinais de fome da criança.
- Indulgente: Não estabelece limites, alimenta a criança com o quê, onde e quando ela quer, prepara comidas especiais para a criança, ignora os sinais de fome de criança.
- Negligente: Desiste das responsabilidades alimentares, não estabelece limites, não percebe os sinais de fome ou necessidades físicas e psicológicas da criança.
Concluindo, o melhor padrão de comportamento do cuidador seria o Responsivo.
Suplementação vitamínica:
É de extrema importância que a grávida tenha uma ingesta alta de ômega 3. Através da alimentação e/ou vitaminas. (conversar com obstetra ou pediatra).
A vitamina D e o ferro são de uso obrigatório até no mínimo 2 anos de idade devendo ser discutido caso a caso com o pediatra da criança. Complexos vitamínicos só deverão ser usados se realmente for comprovada a carência de algum nutriente por exames.
Lanches na escola:
Um liquido: para repor as perdas com a atividades física. De preferência, água.
Uma fruta: prática para ser consumida com casca ou cuja casca pode ser retirada facilmente (maçã, pera, morango, banana, uva).
Um tipo de carboidrato: para fornecer energia. Pão (integral), bolachas sem recheio, bolos caseiros. Cuidado com a quantidade, pois é apenas parte do lanche.
Um tipo de proteína: preferencialmente lácteos (queijo, iogurtes, leite). Cuidado com o armazenamento e a forma de transporte.
O que não deve entrar na lancheira:
Salgadinhos de pacote, refrigerantes, sucos artificiais, balas, bolos com recheios, frituras, bolachas recheadas.
Lembrete: O Danoninho não deve ser dado nos primeiros anos de vida.
Dicas variadas:
O melhor óleo, após inúmeros estudos, para o preparo da papa salgada do bebê a partir do 6º mês, é o óleo de canola devido aos seus nutrientes.
Uma boa idéia seria variar com o azeite extra-virgem, o qual foi comprovado que após aquecido não perde seus benefícios.
Não devemos usar sal no primeiro ano de vida.
Não devemos usar açúcar até o segundo ano de vida. Portanto ficou abolido o uso de suco de frutas no primeiro ano de vida, devido ao alto teor de açúcar, assim como a água de coco também.
Demais dicas, discuta sempre com seu pediatra de confiança, e não acredite em dietas difundidas pela internet sem comprovações científicas.