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Refluxo Gastroesofágico: entenda o que é e como lidar

Refluxo Gastroesofágico: entenda o que é e como lidar

Lidar com os vômitos do bebê é basicamente parte da rotina para a maioria dos papais e mamães. Diante disso, é natural que os pais se perguntem se os vômitos são naturais ou podem estar relacionado com alguma doença.

Para começar, é preciso entender o conceito de “refluxo gastroesofágico”, que é o retorno do conteúdo do estômago (no caso dos bebês, do leite) para o esôfago e, por vezes, podendo chegar até a boca, causando a conhecida regurgitação.

Isso é um evento normal, que pode ocorrer várias vezes ao dia em recém-nascidos, crianças e até mesmo adultos. É aquele clássico momento em que o bebê tem leite escorrendo no canto da boca, mas está sorridente; parece que nem foi com ele!

Em geral, os eventos duram menos de três minutos, ocorrem no período após as mamadas ou refeições e não são acompanhados de complicações. Algumas vezes, a regurgitação pode sair com mais força, devido à estimulação de uma estrutura que fica na parte posterior da boca, que nos dá sensação de náusea, causando, então, o vômito – o que não é nada preocupante.

Nesses casos, não é necessário nenhum tipo de tratamento medicamentoso, porém as chamadas “medidas não farmacológicas” ajudam a diminuir a ocorrência dos episódios de regurgitação:

1-      colocar o bebê para arrotar e segurá-lo no colo “em pé” após as mamadas por 30-60 minutos;

2-      tomar o cuidado de não “sacudir”o bebê para que ele arrote;

3-      evitar o uso de calças na altura do umbigo e acima dele, pois, apesar de não parecer apertado, o elástico das roupas pode ser o suficiente para pressionar o estômago e facilitar, também, a volta do leite. 

Para os bebês menores de seis meses e amamentados exclusivamente com fórmula, o uso de Fórmula Infantil Anti Regurgitação ajudam a diminuir os episódios de refluxo de forma visível.

Se o bebê é amamentado exclusivamente ao seio, o aleitamento deve ser mantido, não sendo indicada asubstituição do leite materno por fórmula.

Quando as regurgitações estão causando algum desconforto, como choro excessivo, ou prejuízo, como perda de peso, podemos estar diante da “doença do refluxo gastroesofágico”.

Frente a isso, a consulta com o pediatra é fundamental para fazer o correto diagnóstico, que muitas vezes não é fácil.

Nos bebês, não existem sintomas que sejam específicos da doença do refluxo, tão pouco sintomas que garantam ao médico que o bebê responderá ao tratamento.

Ainda, vale lembrar que diversas situações podem causar os mesmos sintomas da doença do refluxo, como alergia à proteína do leite de vaca, infecções, má formações do aparelho gástrico, exposição ao cigarro e outras.

 Durante a investigação, pode ser que o pediatra julgue necessário solicitar algum tipo de exame específico.

O tratamento, no caso de doença, vai utilizar, além das medidas não farmacológicas vistas antes, medicamentos. Nos menores de seis meses, a medicação mais comumente utilizada é a ranitidina.

 À medida que o bebê cresce, o esfíncter, que funciona como um “anel” que fecha o estômago, começa a funcionar melhor, dificultando o retorno do leite.

Com o desenvolvimento, o bebê aprende a ficar mais tempo sentado e em pé, posições estas que ajudam o leite e os alimentos a ficarem no estômago. Por isso, os pais devem ficar tranquilos, pois o refluxo gastroesofágico, apesar de, por vezes, desconfortável, tende a ter seus dias contados.

  

Fonte: Gastroesophageal Reflux: Management Guidance for the Pediatrician. 2013.

 

Posted by Dra. Tulia Fadel in Todos
5 cuidados com a saúde do recém-nascido

5 cuidados com a saúde do recém-nascido

O nascimento de um bebê é um dos momentos mais esperados pelos pais. Durante nove meses eles aguardam ansiosos para ver o rostinho da criança, sentir o cheiro e poder ficar mais próximos. Porém, junto com a alegria vem também o medo e as dúvidas. Como cuidar de um recém-nascido? Como dar banho? Como saber se está com fome ou cólica? As dúvidas são muitas, por isso, a ajuda de um pediatra é fundamental nesse momento.

1 – Amamentação

Os primeiros dias e até mesmo semanas de amamentação são mais complicados, mas também são de aprendizado, tanto para a mãe como para o bebê. Ainda na maternidade, peça ajuda à equipe de enfermagem ou fonoaudiólogos para ajustar melhor a “pega” do recém-nascido e a encontrar a melhor posição.

Coloque-o no peito o quanto antes, o contato com a pele e o cheiro da mãe ajuda a estimular o bebê. Nos primeiros dias, o peito produz o chamado colostro, um líquido meio transparente e fundamental para o bebê. Aos poucos, com os estímulos do bebê o peito começa a produzir o leite.

O uso de chupeta, mamadeira ou bico intermediário de silicone não é recomendado, principalmente nesta fase inicial, porque atrapalha o aprendizado do bebê e a pega, além de fazer com que o peito seja menos estimulado — o que, por sua vez, reduz a produção de leite.

2 – Hora do banho

Ainda na maternidade a enfermeira dará o primeiro banho e mostrará com ele deve ser feito em casa. Aproveite para tirar as principais dúvidas. É importante que a água esteja na média dos 36 graus, quentinha, mas confortável. Deixe tudo que precisará por perto, como sabonete, toalha, algodão, fralda e roupa. Evite ficar circulando com o bebê de toalha pela casa.

 

3 – Coto umbilical

Normalmente o coto umbilical cai até o 15º dia de vida do recém-nascido. Enquanto isso, é preciso deixa-lo sempre seco e limpo para evitar infeções e beneficiar a rápida cicatrização. Limpe sempre com álcool 70.  Não use faixas, ligaduras ou moedas. A pinça do cordão umbilical é utilizada para estancar o sangue. Cairá juntamente com o cordão. Não tente abri-la nem retirá-la.

4 – Passeios

Com exceção das consultas médicas, o bebê não deve ir para a rua nos primeiros dias. Os primeiros passeios devem, de preferência, ser saídas ao ar livre ou para a casa de parentes, onde não haja grandes aglomerações de pessoas.

Além do excesso do contato com excesso de pessoas oferecer risco direto à saúde do bebê, ambientes movimentados, com barulhos e cheiros fortes podem estressar o pequeno.

5 – Primeira visita ao pediatra

A primeira visita ao pediatra, acontece de preferência na primeira semana de vida, para avaliar a amamentação e a saúde do bebê.  O pediatra realizará um exame completo para avaliar o aspecto geral do bebê, coloração, vitalidade, tônus muscular, intensidade do choro e presença de malformações. Além disso, são avaliados pulmões, coração (através da ausculta), abdome, umbigo, órgãos genitais, pele como um todo, boca, língua, ouvidos e olhos.

No que diz respeito à parte neurológica, o pediatra avalia vários reflexos do recém-nascido, como por exemplo, o reflexo de sucção e a preensão dos dedos (quando o bebê curva os dedinhos da mão ou do pé ao serem tocados).

Nesse encontro o médico estabelece o ritmo das próximas visitas, que geralmente ocorrem no 15º dia, no primeiro mês e, depois, mensalmente.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como pediatra em Nova Lima!

 

Posted by Dra. Tulia Fadel in Todos